Era mais uma aula de Português. Inicialmente, a professora deu alguns encaminhamentos sobre o percurso da aula e apresentou o tema daquele dia: o emprego dos PORQUÊS.
Dando andamento à aula, ela problematizou o assunto escrevendo um pequeno texto no qual apareciam as quatro formas do referido termo. E lançou um questionamento à turma:
- Por que será que a palavra "porque" apareceu escrita de quatro formas diferentes?
Como ninguém se manifestou, ela passou a explicar as condições em que cada tipo deveria ser usado. Mostrou trechos de alguns textos, a letra de algumas músicas conhecidas.
Em seguida, ela propôs uma atividade, um exercício de fixação. Combinou com os alunos que eles teriam vinte minutos para responder.
Depois desse período, ela iniciou a correção:
- Pessoal, alguém fez a questão A?
Quase todos ficaram estáticos. Apenas um rapaz oriundo da zona rural da cidade e conhecido pela sua ortoépia e prosódia bastante peculiar levantou a mão.
- Pois não, disse a professora, qual é a resposta da alternativa A?
- Professora, esse aí é APREGADO!
- Apregado?! perguntou a professora.
- Sim, professora, apregado. E, além do mais, com chapeuzinho!
A professora, gentilmente, explicou ao aluno que o termo "apregado", apesar de fazer sentido, não deveria ser usado. Porém, em meio a gargalhadas incessantes da turma, a professora percebeu que às vezes o conteúdo é muito mais importante do que a forma.
Verdade!
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