Um colega professor de Inglês estava ministrando sua aula normalmente. Em meio às suas tentativas infrutíferas de fazer-se entender pela turma, ele foi interpelado por uma aluna em cujo semblante qualquer pessoa seria capaz de perceber traços de resignação e desânimo. A menina levantou o seguinte questionamento:
- Professor, eu estudo Inglês desde o sexto ano do ensino fundamental e não consegui aprender nada. Por quê?
O professor, com muita presença de espírito, respondeu lançando mão de uma pergunta:
- Caríssima aluna, você quer, precisa ou seria bom aprender Inglês?
- Eu quero! Isso é óbvio!
Diante dessa resposta veemente e impetuosa, o professor continuou:
- E quantas palavras você conhece em Inglês? Pode ser uma estimativa.
- Umas vinte...
- Bem - arrazoou o professor - partindo do pressuposto teórico de que são necessárias cerca de três mil palavras para alguém comunicar-se em Inglês sem grandes problemas, você precisaria viver em torno de mil e quinhentos anos. Isso porque você consegue aprender palavras na incrível velocidade de duas palavras por ano! Dessa forma, você quer realmente aprender?
A menina, em função de uma resposta tão absolutamente incisiva e factual, não teve argumentos para continuar a discussão.
- Aprender algo - insistiu o professor - exige invariavelmente o querer. Quando alguém quer realmente aprender uma língua, tocar um instrumento ou andar de bicicleta, essas tarefas tronam-se mais simples à proporção que o desejo e a vontade de realizá-las aumentam de verdade. Se não quer, o aprendizado tende a ser algo improvável para não dizer impossível.
Depois disso, a menina mudou drasticamente sua maneira de se relacionar com a língua inglesa. Há relatos de que hoje ela consegue aprender quatro palavras por ano. Isso já é um grande avanço!
Um abraço
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