quarta-feira, 7 de março de 2012

O DIAGNÓSTICO EXISTE, MAS O TRATAMENTO...

Se existe um aspecto no qual a educação pública brasileira evoluiu, isso ocorreu no sistema de avaliação da qualidade do ensino. ENADE, ENEM, PROVINHA BRASIL, entre outros, constituem uma importante ferramenta no tocante à aquisição de dados, que por sua vez, oferecem um visão ampla e empírica da situação do ensino público no Brasil. Por que, então, a qualidade da educação cumpre uma trajetória tão demasiadamente descendente ao longo dos anos? A resposta é simples: as autoridades tem o diagnóstico, mas não conseguem decidir o tratamento.
Seja por falta de vontade política, seja por descaso histórico e institucional pela educação, as ações promovidas pelo Estado nunca são suficientes para mudar a conjuntura em que se encontra a educação.
Seria um caso raro de incompetência congênita? Absolutamente. Pois se isso fosse verdade, a mera substituição dos mandatários resolveria o assunto. A questão é mais complexa e está relacionada à maneira como o governo vê a educação - um balcão de negócios de aporte financeiro gigantesco.
Uma saída consistente é a federalização do ensino. Em primeiro lugar porque as instituições com melhores resultados são os Institutos Federais. Além disso, a aplicação e a fiscalização dos recursos seriam atribuições federais, o que contribuiria para melhorar as instalações físicas das escolas e garantiria a tão desejada valorização dos profissionais dessa área.
Enquanto o Estado não parar de se preocupar apenas com números e decidir viabilizar mudanças profundas na educação pública, nós estamos fadados a ter uma pseudoeducação, em que os alunos fingem que aprendem, os professores fingem que ensinam e o governo finge que investe.

Um abraço

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