terça-feira, 30 de dezembro de 2014

A Educação a Distância não é propriamente uma novidade no que se refere às modalidades de ensino. Registros históricos apontam para o séc. XVIII, quando o americano Caleb Philips já enviava correspondências semanais com os conteúdos das aulas para seus alunos. No Brasil, esse processo começou no início do séc. XX, com a instalação das Escolas Internacionais as quais ofereciam cursos profissionalizantes por correspondência. Desde o advento da Lei 9.394/96, a EaD vem passando por um grande processo de expansão e democratização no Brasil. Essa modalidade de ensino, cuja principal característica é a interação entre indivíduos através de recursos tecnológicos de informação e comunicação, constitui-se hoje como uma excelente alternativa à Educação Tradicional.
Isto porque permite uma flexibilização de horários inimaginável no modelo tradicional de ensino. Enquanto a educação tradicional exige a frequência em salas de aula físicas e em horários pré-estabelecidos, a EaD oferece a possibilidade de os alunos prepararem sua própria rotina de estudos, adaptando-a às outras atividades de seu cotidiano. Considerando a rotina dos professores, como é o meu caso, seria pouco provável encontrar tempo para mais um curso presencial. Em um curso a distância, entretanto, é possível estudar mesmo aguardando num consultório médico, na fila de um banco ou, eventualmente, nas madrugadas de insônia.
 Essa facilidade, contudo, pode levar os indivíduos a acreditar que fazer um curso à distância é mais fácil do que seria na modalidade presencial. Ledo engano. A EaD exige do aluno disciplina, compromisso, organização, além da aquisição do hábito de interagir através do uso dos recursos tecnológicos de comunicação e informação disponíveis. Se, por um lado, há grande maleabilidade de horários para ler e estudar os materiais do curso, por outro, o aluno deve estar atento aos prazos de realização e apresentação das atividades. Nesse sentido, o aluno precisa transformar o grande volume de informações às quais tem acesso em conhecimento e isso não acontece assistematicamente.
É bem verdade que ainda há dificuldades a serem superadas como o ceticismo e a resistência de muitas pessoas em dar crédito a essa modalidade. Entretanto, a EaD representa um meio barato, prático, tecnológico e eficiente de democratização da educação, que rompe com o tradicionalismo do ensino, ultrapassa os muros das instituições educacionais e oferece ao estudante a possibilidade de otimização do tempo.


REFERÊNCIAS
TORNAGHI, Alberto José da Costa; PRADO, Maria E. B. Brito; ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconi. Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC. Guia do Cursista. 2 ed. – Brasília, 2010.

MUGNOL, Marcio. A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL: Conceitos e Fundamentos. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 9, n. 27, p. 335-349, 2009. Disponível em: <http: www.pucpr.br/reol/index.php/dialogo>. Acesso em: 31 ago. 2014.

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