A
Educação a Distância não é propriamente uma novidade no que se refere às
modalidades de ensino. Registros históricos apontam para o séc. XVIII, quando o
americano Caleb Philips já enviava correspondências semanais com os conteúdos
das aulas para seus alunos. No Brasil, esse processo começou no início do séc.
XX, com a instalação das Escolas Internacionais as quais ofereciam cursos
profissionalizantes por correspondência. Desde o advento da Lei 9.394/96, a EaD
vem passando por um grande processo de expansão e democratização no Brasil. Essa
modalidade de ensino, cuja principal característica é a interação entre
indivíduos através de recursos tecnológicos de informação e comunicação,
constitui-se hoje como uma excelente alternativa à Educação Tradicional.
Isto
porque permite uma flexibilização de horários inimaginável no modelo
tradicional de ensino. Enquanto a educação tradicional exige a frequência em
salas de aula físicas e em horários pré-estabelecidos, a EaD oferece a
possibilidade de os alunos prepararem sua própria rotina de estudos,
adaptando-a às outras atividades de seu cotidiano. Considerando a rotina dos
professores, como é o meu caso, seria pouco provável encontrar tempo para mais
um curso presencial. Em um curso a distância, entretanto, é possível estudar
mesmo aguardando num consultório médico, na fila de um banco ou, eventualmente,
nas madrugadas de insônia.
Essa facilidade, contudo, pode levar os
indivíduos a acreditar que fazer um curso à distância é mais fácil do que seria
na modalidade presencial. Ledo engano. A EaD exige do aluno disciplina,
compromisso, organização, além da aquisição do hábito de interagir através do
uso dos recursos tecnológicos de comunicação e informação disponíveis. Se, por
um lado, há grande maleabilidade de horários para ler e estudar os materiais do
curso, por outro, o aluno deve estar atento aos prazos de realização e
apresentação das atividades. Nesse sentido, o aluno precisa transformar o
grande volume de informações às quais tem acesso em conhecimento e isso não
acontece assistematicamente.
É
bem verdade que ainda há dificuldades a serem superadas como o ceticismo e a
resistência de muitas pessoas em dar crédito a essa modalidade. Entretanto, a
EaD representa um meio barato, prático, tecnológico e eficiente de
democratização da educação, que rompe com o tradicionalismo do ensino,
ultrapassa os muros das instituições educacionais e oferece ao estudante a
possibilidade de otimização do tempo.
REFERÊNCIAS
TORNAGHI,
Alberto José da Costa; PRADO, Maria E. B. Brito; ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconi.
Tecnologias na Educação: ensinando e
aprendendo com as TIC. Guia do Cursista. 2 ed. – Brasília, 2010.
MUGNOL,
Marcio. A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO
BRASIL: Conceitos e Fundamentos. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 9, n. 27,
p. 335-349, 2009. Disponível em: <http:
www.pucpr.br/reol/index.php/dialogo>. Acesso em: 31 ago. 2014.
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